A expressão doenças do trabalho gera, fazendo um trocadilho, muitas dores de cabeça ao pessoal do Departamento de Recursos Humanos da empresa. Milhares de trabalhadores ausentam-se de seus postos de trabalho, anualmente, por conta de alguns males que os afetam por conta de atividades executadas nas suas companhias.
Trabalhando horas por dia em uma determinada função, o colaborador pode adquirir uma diversidade de doenças relacionadas ao serviço. São problemas de saúde ocasionados pela repetição, ou pelo barulho, ou por outras causas dependendo da função que ele exerce.
De acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho, as principais doenças do trabalho são a Lesão por Esforço Repetitivo (LER), Distúrbio Relacionado ao Trabalho (DORT), surdez definitiva ou temporária, sofrimentos psíquicos (ansiedade e estresse), dermatite alérgica de contato, asma e dermatose ocupacional. Você, certamente, já ouviu falar nelas, se não foi uma das vítimas também.
A LER, como o próprio nome diz, origina-se a partir dos movimentos repetitivos executados diariamente pelo trabalhador e o DORT é consequência da adoção de posturas inadequadas (se não tratadas a tempo, a doença pode se agravar muito). A surdez definitiva ou temporária pode ser obtida a partir de ruídos constantes que podem ocasionar a perda da sensibilidade auditiva e os sofrimentos psíquicos, como a ansiedade e o estresse, estão diretamente ligados às pressões que podem ocorrer no ambiente de trabalho. A dermatite alérgica, por sua vez, se caracteriza por alterações na mucosa e pele do colaborador, devido a sua exposição a agentes nocivos no momento em que ele está executando suas atribuições.
Desde janeiro de 2022, o burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, passou a integrar a lista das doenças ocupacionais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Na prática, a alteração feita pela OMS indica que os profissionais com o burnout terão os mesmos direitos que aqueles que sofrem com outras doenças ocupacionais. O que muda é que o burnout passa a ser diretamente ligado ao trabalho, o que não acontece com outras síndromes ou transtornos mentais, como depressão.
Diferenças entre doenças do trabalho e doenças ocupacionais
Pode parecer inicialmente que doença ocupacional e doença do trabalho são similares. No entanto, existe uma pequena diferença que é fundamental entre elas: uma é desenvolvida a partir da atividade que o colaborador exerce (doença do trabalho), enquanto a outra se refere também ao ambiente (doença ocupacional). De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2022, um total de 209.124 mil pessoas foram afastadas do trabalho por transtornos mentais, entre depressão, distúrbios emocionais e Alzheimer. Esse número é maior se comparado a 2021, quando foram registrados 200.244 afastamentos.
Para conhecimento, são classificadas como doença ocupacional qualquer tipo de complicação de saúde que o colaborador apresente em decorrência da sua atividade profissional e das condições do local de trabalho. E aqui entra uma informação importante: os empresários e as empresas precisam elaborar um plano de ação para prevenir os riscos em suas organizações. É de responsabilidade da companhia empenhar-se para oferecer aos colaboradores um ambiente de trabalho saudável e, acima de tudo, agradável.
Como evitar doenças do trabalho na empresa
Como já dissemos, o papel dos gestores na manutenção da saúde dos colaboradores é essencial. Algumas medidas simples podem ser adotadas nas empresas como um trabalho de prevenção de combate aos males. É imprescindível criar programas de preservação e promoção à saúde, que tem como objetivo prevenir doenças e acidentes de trabalho. Boas sugestões são implementar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), bem como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) que também estão no portifólio de produtos da Adapta Gestão de Benefícios.
Outras boas ideias são a realização periódicas de uma ginástica laboral, incentivo à prática dos exercícios físicos e campanhas para a alimentação saudável. Afinal, investir no bem-estar e saúde dos colaboradores é o melhor caminho para potencializar os resultados da empresa. É dessa forma que empresas consideradas bem-sucedidas crescem e se destacam no mercado.