Escolher um plano de saúde para empresa não é fácil e exige, acima de tudo, uma criteriosa avaliação, especialmente do ponto de vista financeiro. Além disso, o mercado oferece um amplo número de operadoras, com um igualmente amplo escopo de categorias, que abrange atendimento nacional ou regional, e internação em apartamento ou enfermaria, por exemplo.
Mas, na hora do reajuste de valores, as operadoras A, B ou C, invariavelmente, buscam aplicar índices que vão muito além dos largamente mencionados IGPM e IPCA, o que pode comprometer a manutenção do benefício. Hoje, o plano de saúde é, depois da folha de pagamento, uma das três maiores despesas de uma empresa, seja das menores como um escritório de contabilidade, uma agência de comunicação, ou até as de grande porte.
Mas é bom as empresas saberem que é possível, sim, obter uma negociação de igual para igual com as operadoras de planos de saúde, cujo mercado é regulado pela Agência Nacional de Saúde (ANS). E, o melhor, conseguindo de maneira positiva reduções no reajuste que podem atingir até 60% ou mais. Quais os segredos para esse resultado? Além do controle da sinistralidade (quanto a companhia recebe e quanto ela gasta), valem também, o tempo de contrato, a técnica (contrato e legislação) da consultoria de benefícios e principalmente o relacionamento comercial entre ambas.
Mas, normalmente, não é assim que funciona o mercado. A grande maioria das empresas, principalmente aquelas que não possuem uma equipe interna especializada para tratar com as operadoras, ou mesmo não têm parceria com uma consultoria de benefícios, optam pela troca do plano de saúde na época da renovação, que acaba por gerar vários problemas, entre eles a insatisfação do funcionário. É o popular “deu errado, ficou caro, muda”, ou “a operadora é difícil ou intransigente” e, por último, “troca isso”, como se costuma dizer nos bastidores. E se as empresas não promovem a mudança de plano, estando sujeitas aos índices de reajustes que costumam ser aplicados, em três a quatro anos, podem estar com a “corda no pescoço”, correndo o risco de cancelar o benefício para os funcionários e dependentes.
Plano de saúde com drásticas reduções de custos
Recentemente, uma consultoria de benefícios de São Paulo conseguiu reduzir para uma empresa cliente que possuía pouco mais de cem vidas o índice anual de reajuste aplicado por uma grande operadora de plano de saúde, que era de 20% e foi reduzido para 8%. Uma redução de 60%, cuja receita permitiu à empresa investir em outras áreas para fomentar seus negócios e proporcionar tranquilidade e satisfação aos funcionários, mantendo o mesmo plano. Em outro case, registrado em 2019, a empresa cliente recebeu a notificação de reajuste com 49% e a negociação foi fechada em 5%, ou seja, 88% menor do que o formalizado inicialmente.
Nos dois casos, os clientes ficaram extremamente felizes, a operadora igualmente feliz e, o mais importante, relacionamento comercial fortalecido com resultados positivos para ambas as partes, graças ao olhar clínico e assertivo da consultoria de benefícios. Nas próximas renegociações, é provável que as histórias se repitam, pois serão feitas, novamente buscando preservar o equilíbrio do relacionamento comercial que a cada ano fica mais fortalecido. Isso acaba por reforçar que, para uma boa negociação com operadora de plano de saúde, não é preciso ser uma grande consultoria ou ser uma empresa com centenas ou milhares de vidas.
Os tipos de reajuste no plano de saúde
O mercado pode aplicar três tipos de reajustes no plano de saúde empresarial, que devem ser bem compreendidos pela empresa e principalmente pelos funcionários. O primeiro é o da inflação médica (VCMH) que reflete a atualização monetária dos últimos 12 meses dos serviços de saúde prestados pela operadora de saúde em que o contrato está ativo. O segundo é o reajuste técnico ou da sinistralidade que reflete a relação entre receita e despesa do plano, e por último, temos o por faixa etária que vai aumentando o valor conforme a idade das pessoas.
Nesse caso, independente do porte da empresa, o estabelecimento de parceria com uma consultoria de benefícios é imprescindível para atingir o bom resultado, pois ela pode criar e dar suporte às boas práticas de gestão do plano de saúde, inclusive negociando diretamente com as operadoras. Além disso, também pode implementar ações de educação para os colaboradores, objetivando o bom uso do benefício e assim possibilitar ótimos resultados financeiros nas negociações com as operadoras de saúde.